BLOQUE ZONA LIVRE em Construção

BLOQUE ZONA LIVRE em Construção

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

PASSAGENS DA GUERRA REVOLUCIONÁRIA: O Combate de Mar Verde


, por Cmte. Ernesto Che Guevara

Camilo Tinha lutado o dia anterior na zona de Altos de Conrado e agora não se sabia de seu paradeiro.

Porém, foram chegando rapidamente os mensageiros. As forças de reserva que tínhamos em El Hombrito mobilizavam-se pela zona da Nevada e o cemitério, para colocar-se por cima de Sánchez Mosquera e fechar-lhe a estrada. Camilo tinha chegado nessa zona. Foi enviada a ordem de que não se deixassem ver nem entabulassem combate até que não se ouvissem os primeiros disparos, salvo que tratassem de sair pela zona por eles defendida. Pela parteoeste se enviou às esquadras dos tenentes Noda e Vilo Acuña; ao leste, o capitão Raúl Casro fechava o cerco. Minha pequena esqudra com algun reforços, era a encarregada de fazer a emboscada no caso de que tratassem de baixar em direção ao mar.

Nas primeiras horas da manhã, já completo o cerco, se deu o sinal de alerta. Via-se a ponta da vanguarda inimiga avançar pela estrada real que, seguindo o pequeno arroio existente nessa zona, vai dar ao rio Turquino.

Ouviram-se os passos dos soldados quase em cima de nós; no potreiro tinam visto que somente eram três homens mas não nos puderam avisar a tempo. Nessa época minha única arma uma pistola Luger e me sentia nervoso pela sorte dos dois ou três companheiros que estavam mais perto que eu do inimigo, de modo que apurei demasiado o primeiro disparo e errei o tiro. Imediatamente como acontece nestes casos, generalizou-se o tiroteio e foi atacada a casa onde estava o grosso das forças de Sánchez Mosquera. Aqui, na emboscada, aconteceu um minuto de estranho silêncio ; quando fomos recolher os mortos, logo do primeiro tiroteio, na real estrada não havia ninguém; junto a dia estrada havia um pântano e, nela um saída empedrada no Tibisí por onde tinham-se deslizado os soldados inimigos. Iniciamos imediatamente a busca para cercá-los, já que não apareciam mais soldados.

De repente, ouviu-se uma sucessão rápida de disparos e os cmpanheirosme avisaram que joel estava gravemente ferido. A sorte de Joel, dentro de tudo, foi extraordinária, três fuzis Garand dispararam-lhe a queima-roupa: seu fuzil Garand foi atravessado por duas balas e sua culatra quebrada, outra queimou-lhe uma mão, a seguinte uma bochecha, duas lhe perfuraram o braço, duas uma perna, e lagumas outras mais deram-lhe roçaduras também. Estava coberto de sangue mas, porém, suas feridas eram leves. Foi retirado imediatamente e o enviamos ao hospital.

antes de ocupar-nos do combate em geral, devíamos seguir procurando os três soldados . Logo se ouviu uma voz, a de Silva, que gritava: "ali estão!" assinalando o lugar com um tiro de escopeta de seu calibre doze e após pouco tempo a voz dos soldados se rendendo. Obivemos ali três Garads com seus correspondentes prisioneiros.

Próxima passagem da guerra revolucionária: Altos de Conrado