BLOQUE ZONA LIVRE em Construção

BLOQUE ZONA LIVRE em Construção

terça-feira, 14 de outubro de 2008

É inaugurada na Venezuela a Praça Manuel Marulanda








Inaugurou-se a primeira praça e monumento no continente em homenagem ao Comandante Guerrilheiro Manuel Marulanda Vélez.











As organizações que integram a Coordenadoria Continental Bolivariana na Venezuela realizaram uma homenagem póstuma ao Comandante Guerrilheiro recentemente falecido, Manuel Marulanda Vélez.

A homenagem constitui uma amostra de solidariedade do povo venezuelano ao povo colombiano, que está sendo obrigado, devido à aplicação sistemática do terrorismo de Estado, a tomar as armas para defender as causas populares, asseguraram representantes da Coordenadoria Simón Bolívar, o Partido Comunista de Venezuela, a Corrente Comunista Gustavo Machado e o Movimento 28 de Março.

Frank León, vice-presidente da Coordenadoria Simón Bolívar, expressou que é um orgulho para sua organização convocar, junto a outras organizações da região, uma homenagem a Manuel Marulanda, a quem qualificou como uma referência revolucionária.

Precisamente na sede dessa organização, o emblemático 23 de Janeiro, albergará a praça Marulanda que inaugurou-se hoje, 26, e que foi construída em largas jornadas de trabalho comunitário. O busto que encabeçará a praça já está terminado, segundo Carlos Casanueva Troncoso, Secretário Geral da CCB e será colocado ainda hoje, quando será revelado também o nome do artista que o elaborou.

Como parte da homenagem, foi lançado um livro sobre a vida e obra de Marulanda e se realizará um seminário internacional sobre o Direito dos Povos à Resistência Armada.

Roso Grimau e Santiago Palacios do Comitê Central do Partido Comunista da Venezuela manifestaram que a iniciativa da homenagem surgiu na Venezuela. Por sua parte, Palacios qualificou as FARC-EP como uma organização irmã do PCV e chamou à participação das organizações populares nas jornadas de trabalho de construção da Praça e à defesa do processo revolucionário da Venezuela.

O M-28, representado por Zenaida Tahan, afirmou que a Praça Marulanda é uma legitimização dos lutadores na Colômbia e que deve ser considerada não só como uma homenagem ao chefe insurgente, mas a todos os que na Colômbia padecem por conta do regime. Para Tahan, a luta armada na Colômbia constitui uma necessidade, enquanto na Venezuela não é necessária, por encontrar-se em meio a um processo inteiramente democrático, porque nele pode dar-se livremente o "debate necessário" sobre as formas de luta.

Sergio Jiménez, da Corrente Comunista Gustavo Machado, reiterou a necessidade das organizações revolucionárias da Venezuela estenderem sua solidariedade à República irmã e somar-se à homenagem; denunciou a violação sistemática dos direitos humanos no país granadino, não sem antes rechaçar a política guerreirista do governo paramilitar de Álvaro Uribe Vélez.

O Secretário Geral da CCB, Carlos Casanueva Troncoso, afirmou que a criação do monumento para Marulanda na Venezuela é emblemática, por acontecer em meio aos ataques do império assim como na Bolívia.


Casanueva assegurou que a CCB apóia todas as formas de luta que os povos tenham para resistir e afirmou enfaticamente que "por trás de cada membro da CCB haverá um soldado a mais para defender as causas do povo" da Bolívia, Venezuela, Colômbia e assim evitar catástrofes como a que aconteceu no Chile com o golpe de Estado ao presidente Allende.

Iván Márquez: obrigado a todos

Montanhas da Colômbia, outubro de 2008


COMUNICADO DE AGRADECIMENTO

A todos os que tornaram possível a homenagem em Caracas ao Herói insurgente da Colômbia de Bolívar -o legendário Manuel Marulanda Vélez-, nossa saudação e abraço fraternal repleto do desejo infreável da Pátria Grande e o Socialismo.

Gratidão eterna de todos os guerrilheiros e guerrilheiras das FARC, de suas instâncias de comando, às organizações políticas e sociais, às almas revolucionárias e solidárias da Nossa América que, desafiando a ira do terrorismo de Estado do governo da Colômbia -reconhecido peão do império-, tornaram possível o lançamento do livro sobre o comandante Manuel no quartel San Carlos, o florescimento em uma brigada popular em Caracas de uma praça com o digno nome de Manuel Marulanda Vélez, presidida pelo busto do comandante da guerra de guerrilhas móveis, e aos participantes do Fórum "Obra e vigência do pensamento de Manuel Marulanda Vélez".

Vocês, companheiras e companheiros, impactaram com sua homenagem e afeto o coração da guerrilheirada e nos fizeram exclamar com o Libertador Simón Bolívar que nada nos deterá se o povo nos ama.

Nosso pensamento hoje vai voando até a cubana Celia Hart, pureza solidária que quis honrar com sua presença esta homenagem ao guerrilheiro inesquecível, para defender com todos nós o direito à paz, desejo frustrado pelo infortúnio de um trágico acidente... Nossas mais sentidas condolências aos seus familiares e a todos os revolucionários.

Agora que o império norte-americano se retorce nas dores de sua mais profunda crise e que, em seu desespero, acredita que a Nossa América e os povos do terceiro mundo devem pagar pelos pratos quebrados; agora que os enganosos argumentos sobre a inviabilidade da luta armada agonizam sobre um recife do embravecido mar, permita-nos propor o dia 26 de março, dia da partida de nosso Comandante em Chefe, Manuel Marulanda Vélez, como o dia do direito universal à rebelião armada.

Desde então estamos convocando para articular a resistência dos povos contra as investidas da Casa Branca, que desde o turbulento norte se remexem como violentos presságios contra a dignidade e a independência da América de Bolívar e dos pobres do sul.

Pela Comissão Internacional das FARC, compatriota,

Iván Márquez